Giraffe 1X no maior parque eólico offshore do mundo
A Saab participa de testes com o sistema de radar para garantir a capacidade de defesa aérea e de energia eólica no Reino Unido.
A Saab e a empresa dinamarquesa Ørsted, conhecida por seus negócios globais em energia renovável, testaram um conceito de radar offshore no maior parque eólico em operação do mundo. Foi no Hornsea 1 – localizado a 120 quilômetros a leste da costa de Yorkshire, no Reino Unido – que o sistema de radar 3D AESA Giraffe 1X entrou em atividade.
Os testes foram gerenciados remotamente a partir da Suécia e monitorados na Dinamarca pela Saab, pela Ørsted, pela Força Aérea Real Dinamarquesa e pelo centro de controle de tráfego aéreo da NATS do Reino Unido. O objetivo foi mitigar a interferência dos parques eólicos offshore no cenário aéreo e marítimo conhecido, além de validar seu desempenho em ambiente costeiro e offshore, submetido a condições climáticas extremas e ventos de maior intensidade.
“O Giraffe 1X combina flexibilidade operacional, recursos multitarefa e uso multifuncional, para rastrear até 600 alvos, aéreos ou não, simultaneamente”, disse Sergio Martins, diretor de Tráfego Aéreo e Vigilância da Saab para a América Latina. Segundo ele, essa plataforma oferece ampla consciência situacional dentro e ao redor de parques eólicos offshore, além do alcance oferecido por radares terrestres de longo alcance.
O Giraffe 1X combina flexibilidade operacional, recursos multitarefa e uso multifuncional, para rastrear até 600 alvos, aéreos ou não, simultaneamente.
Os resultados do teste serão compartilhados, por ambos os parceiros, com as agências relevantes do governo, em uma próxima fase da operação. Além disso, será concebida uma abordagem padronizada, para garantir a coexistência, a longo prazo, de defesa aérea e geração de energia eólica offshore.
Futuro – Iniciativas como essas são importantes, uma vez que estudos indicam que a energia eólica offshore é uma fonte de eletricidade importante para zerar as emissões líquidas de gases estufa até 2050 na Europa.
Há previsão de demanda rápida de expansão de parques eólicos, com impactos ao ambiente costeiro e offshore e necessidade de maior proteção. Portanto, é fundamental encontrar meios para garantir as capacidades de defesa aérea e alerta precoce das nações, além do sustento do potencial eólico offshore e da proteção dos interesses de segurança dos países ao redor do mundo.