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Saab Global
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IRST do caça Gripen detecta alvos pelo calor

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Não é só pelo radar que o Gripen E consegue buscar os seus alvos. O caça de última geração também pode localizar os seus oponentes por meio da emissão de calor.

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Isso porque um veículo no solo, um navio em alto mar ou uma aeronave de pequeno ou grande porte possuem uma assinatura infravermelha, ou seja, emitem calor por meio do motor ou pela própria estrutura externa aquecida pelo ambiente. E é por meio dessa assinatura que o sensor passivo Infrared Search and Track (IRST) do Gripen consegue detectar esses alvos, a curta ou longa distância.

O IRST é instalado à frente do parabrisas do avião e possibilita ao piloto usar e guiar os seus armamentos para neutralizar qualquer alvo.

Mas qual é a diferença do IRST para o radar? O radar é um sensor ativo e, dessa forma, precisa emitir as ondas eletromagnéticas para detectar o alvo. Ao fazer isso, pode revelar a sua presença e localização para o oponente, que poderá tentar interferir no funcionamento do seu sistema. Mesmo que isso aconteça, o Gripen E possui um moderno sistema de guerra eletrônica para evitar que o inimigo o marque como um alvo ou atue fazendo interferências, mas esse é um assunto para uma próxima coluna.

Já o IRST é um sensor passivo resistente às interferências eletrônicas que ao invés de fazer emissões, funciona detectando a radiação infravermelha emitida pelo seu adversário, tornando discreta a sua operação no cenário de combate e dificultando a sua localização. Por dispor de uma capacidade de longo alcance, é possível que o Gripen nem seja detectado pelos radares do inimigo. 

A Saab domina o uso do IRST desde a década de 1960, quando introduziu essa tecnologia nos caças J 35F Draken. O IRST do Gripen E foi testado durante a campanha de ensaio em voo em Anápolis (GO) para avaliar o desempenho do sistema.