Eficácia decisiva no combate – a letalidade única do Gripen E
A melhor escolha de armas para o combate pode garantir o domínio no ar.
Em primeiro lugar, o objetivo do um avião de combate - e dos homens e mulheres que o operam - é manter o controle e a integridade do seu território soberano. Para isso, o caça precisa entrar com sucesso e permanecer vivo em um ambiente altamente contestado, hostil e de alta ameaça, concluir a missão designada e retornar com segurança à base.
Para isso, o Gripen E garante a capacidade de sobrevivência com o uso de uma poderosa Guerra Eletrônica (Electronic Warfare - EW) fornecida por sistemas internos e externos de última geração. Os sensores hostis são bloqueados em amplas bandas de frequência por contramedidas autônomas e colaborativas de múltiplos aspectos, usando técnicas ativas e passivas.
Complementado pelo Jammer de Escolta (Electronic Attack Jammer Pod – EAJP), e pelo Sistema Decoy para Míssil Lançado do Ar (Air-Launched Decoy Missile System), o Gripen E oferece uma supressão eletrônica altamente eficiente - para evitar, negar, enganar e defender-se contra qualquer ameaça inimiga. No domínio dos caças, isso é definido como Live Chain, ou Cadeia Viva.
Em segundo lugar, o objetivo de um caça é produzir efeitos operacionais precisos e em tempo hábil, por meio da supressão de sistemas hostis por meio de Guerra Eletrônica e/ou pelo efeito dos seus armamentos contra os alvos selecionados. Para cumprir essa missão, uma plataforma de caça deve ter uma alta Consciência Situacional para verificar as ameaças hostis existentes e definir suas coordenadas com precisão, a fim de encontrar, reconhecer, acompanhar, engajar e destruir estes alvos, e levantar os danos pós-engajamento. No mundo dos caças, isso é definido como Kill Chain, ou Cadeia de Morte.
Neste artigo, vamos explorar as capacidades de armamento do Gripen E, conforme a seguir.
Projetado para o combate em guerra
Quando se trata de armamento lançados por via aérea, alguns aspectos devem ser normalmente considerados:
Alcance cinemático – A distância do alvo em que uma arma pode ser lançada com efetividade e precisão sem expor o caça atacante às defesas antiaéreas ou caças inimigos. Além disso, a carga de armas de um caça deve ser projetada com armamentos que possibilite uma efetiva gama de alcance, para poder combater as ameaças a qualquer momento e manter a flexibilidade de engajamento.
Tipo de munição - Isto se refere ao tamanho e à finalidade do efeito explosivo de uma munição e ao tipo de alvos que esta munição foi projetada para ser usada, sejam alvos aéreos de voo rápido ou estruturas terrestres fixas reforçadas. Refere-se também à capacidade de qualquer munição individual de se posicionar contra alvos na fase de engajamento terminal, ou seja, através de sensores próprios ou de orientação para encontrar, fixar, rastrear e engajar de forma independente um ponto de impacto desejado.
Número de armamentos - trata-se do número e variação de diferentes armamentos que podem ser transportadas por uma aeronave de combate. Isto é determinado pela natureza da missão tática, o tipo e número de alvos, a ameaça e, é claro, também pelo projeto da plataforma de combate. Um número maior de armamento sempre aumentará a letalidade e a flexibilidade da missão, representando uma ameaça maior e uma importante dissuasão ao enfrentar o inimigo.
Probabilidade de Interceptação – quais são os fatores que permitem que um armamento encontre efetivamente seu caminho desde um lançador até a coordenada certa do alvo, sem arriscar nenhum efeito colateral à infraestrutura indesejada? Como um armamento pode ser efetivamente guiada e apoiada durante todo o engajamento? Como as contramedidas adversárias podem ser suprimidas para permitir que os armamentos alcancem os alvos? Quantos armamentos serão necessários para alcançar o efeito desejado?
No Gripen E, todos os requisitos acima, e muitos outros, foram cuidadosamente considerados. Ele foi totalmente projetado para sobreviver e operar em um ambiente de Anti-Acesso e Negação de Área (A2/AD). Os novos e exclusivos recursos de sensores e armas habilitados para operação em rede de dados foram projetados com todas as ameaças mais recentes em mente, permitindo que a mira flexível e dinâmica seja conduzida de maneiras totalmente novas, de forma autônoma por um único Gripen, pela colaboração entre vários caças em uma unidade tática aérea (TAU) e/ou pelo fornecimento de dados de mira de terceiros por outros caças colaboradores no ar, unidades de comando e controle (C2) ou um Controlador Aéreo Tático Conjunto (Joint Tactical Air Controller - JTAC).
A construção do quadro tático, a orientação para o engajamento de alvos, a orientação dos armamentos, o lançamento e o suporte de mísseis são mecanizados de maneiras novas e revolucionárias, permitindo que o piloto do Gripen E sempre maximize a probabilidade de interceptação de armas com a manutenção da própria capacidade de sobrevivência. Com a nova Colaboração Humano-Máquina (Human-Machine Collaboration - HMC), o piloto sempre saberá o que esperar em seguida e qual será a melhor ação possível na próxima fase da missão.
Escolha sua arma
Com o Gripen E, as Forças Aéreas terão a possibilidade de escolher os armamentos mais modernos e inteligentes, dos melhores fornecedores do mundo. Isto permite um acesso flexível e independente, sem ter que ser restringido por políticas ou regulamentações individuais das nações fabricantes ou das autoridades de projeto.
Um exemplo é o míssil ar-ar Meteor BVRAAM, em serviço no Gripen desde o início de 2016, seguindo um programa de integração muito bem-sucedido. O Meteor proporciona um desempenho cinemático imbatível, oferecendo um nível totalmente novo de letalidade - capacidade operacional de próximo nível para os combatentes. Um projeto de operação em rede exclusivo permite uma mira eficiente e flexível e suporte de armas, além de uma valiosa consciência situacional de combate. Para uma missão ar-ar, o Gripen E pode transportar até sete mísseis Meteor, reforçando o seu status de superioridade no Báltico pelas próximas décadas.
Outro exemplo é o Selected Precision Effects at Range - SPEAR, a arma de ataque à superfície de última geração, que oferece capacidade de ataque de precisão em longas distâncias. Equipado com um buscador multissensor inteligente, o SPEAR pode operar em todas as condições de combate contra alvos terrestres complexos em movimento e em manobra. A funcionalidade habilitada para funcionar em rede garantirá flexibilidade de mira e total segurança de combate durante qualquer combate. O Gripen E e o SPEAR maximizarão o potencial da futura capacidade aérea de combate nos ambientes de batalha mais disputados. Como alternativa, o míssil ar-superfície RBS-15ER altamente otimizado, com alcance estendido, está disponível para uso no Gripen E para oferecer capacidade de ataque de precisão, seja em uma capacidade anti-navio ou de ataque terrestre.
Nas operações ar-terra, o foco também costuma estar no segmento de ataque stand-off, uma capacidade de alto valor estratégico. Para essa missão, o Gripen E pode ser equipado com o míssil de ataque Taurus, que oferece uma capacidade imbatível de ataque de longo alcance contra vários tipos e complexos de alvos. O míssil Taurus mantém a sua capacidade de sobrevivência navegando o mais próximo da superfície possível evitando a sua detecção por meio do terreno físico, o que também significa um uso muito eficiente do alcance do míssil. Devido à sua ogiva muito potente, inteligente e escalonável, na maioria das vezes é necessário apenas um míssil para atingir o efeito desejado. O Gripen E e o Taurus proporcionam uma dissuasão estratégica muito importante contra qualquer ameaça.
O Gripen E foi projetado para enfrentar um adversário avançado. Um inimigo que poderá se dar ao luxo de escolher o método, o local e o momento de seu ato de agressão e que provavelmente terá a capacidade de atacar em grande número. A capacidade de combater essa ameaça só pode ser alcançada com o uso de sensores e armas de última geração, táticas, técnicas e procedimentos superiores e a maior disponibilidade da frota ao longo do tempo.
Isso garantirá que os combatentes estejam prontos, quando e onde forem necessários. Para sobreviver e para produzir efeitos operacionais. Para vencer!